quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Hipotireoidismo e infertilidade


É fato que o hipotireoidismo interfere no funcionamento de todo o organismo, inclusive na fertilidade. Segundo a endocrinologista Laura Ward, presidente do departamento de tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), de São Paulo, nos homens, a disfunção pode afetar o desempenho sexual e reduzir o número de espermatozoides, sendo que os que restam têm menor chance de serem férteis. “Já nas mulheres, o hipotireoidismo pode fazer com que deixem de ovular, além de tornar o ciclo menstrual irregular. Dentre as que conseguem engravidar, há um risco maior de aborto, parto prematuro e descolamento da placenta”, diz a médica. 

Revertendo o quadro

Apesar disso, a especialista garante que não há motivo para preocupação. Isso porque é sabido também que, se o hipotireoidismo for controlado adequadamente com medicamentos prescritos pelo médico, as chances de o casal ter uma gravidez bem-sucedida são enormes, independentemente da disfunção afetar o homem ou a mulher. 

Daí a importância de procurar um especialista e se submeter ao exame de função tireoidiana para verificar os níveis hormonais. “Quando a mulher apresenta hipotireoidismo e engravida, o médico pode aumentar ou até dobrar a dosagem da reposição hormonal. Isso porque o feto depende desse hormônio que passa pela placenta para promover o desenvolvimento das estruturas cerebrais, evitando que o bebê nasça com alguma deficiência”, esclarece Laura Ward.

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