terça-feira, 13 de novembro de 2012

A terapia sexual no terceiro milênio


Novas perspectivas, velhos conflitos.
Milhares de novas medicações entraram no mercado. A medicina avança em pesquisas e hoje oferece diversos medicamentos para os mais variados problemas, inclusive os sexuais.
No entanto, será que aquela velha história de existir um Elixir do Amor é verdadeira? Os grandes laboratórios apostam no sonho e disponibilizam uma série de produtos a cada ano. Mas até que ponto devemos nos apoiar em medicamentos?

Os problemas sexuais podem surgir de uma série de causas diferentes. Podem ser desencadeados por problemas físicos (orgânicos) e/ou emocionais (psíquicos). Na verdade, não seria errado dizer que as causas se somam. E saber a natureza do problema é muito importante, pois só assim podemos decidir que tipo ou linha de tratamento devemos seguir.
Mas atenção! Todo cuidado é pouco. O uso desses medicamentos sem acompanhamento médico pode prejudicar a saúde de quem está, justamente, procurando ajuda. Procure um psiquiatra especializado em sexualidade humana e divida essa responsabilidade com quem mais entende a respeito de seu problema. Não se exponha a procedimentos invasivos sem ouvir uma segunda opinião. A cirurgia é uma das últimas alternativas de tratamento, não sendo eficaz para a maioria das disfunções sexuais.
Quais são as linhas de tratamento?
Tratamento Medicamentoso
Não é milagroso, mas, se usado com indicação médica, seriedade e esclarecimento de seus possíveis efeitos indesejáveis, pode trazer muitos benefícios e até mesmo a cura. Pode ser utilizado isoladamente ou em combinação com uma das técnicas de psicoterapia, oferecendo bem melhores resultados desta forma.
Alguns medicamentos utilizados são os chamados antidepressivos, as prostaglandinas, a fentolamina, a papaverina, o sildenafil (Viagra) e alguns hormônios (em casos orgânicos), entre outros. Cada medicação deve ser escolhida de acordo com o perfil do paciente e de suas condições gerais de saúde.
Tratamento Psicoterápico
Nem todo transtorno sexual responde bem à medicação. Não é raro se tentar o uso de um remédio e ele não funcionar no primeiro momento, trazendo uma série de efeitos indesejáveis e até uma piora no estado do paciente. Não é fácil para ninguém dividir a intimidade de sua vida sexual, ainda mais quando se sente vergonha e constrangimento devido à pouca abertura na educação e na tradição, tanto familiar, quanto social.
A psicoterapia é um método de tratamento muito eficaz, proporcionando ótimos resultados. Pode ser feita com o casal ou individualmente. Uma vez iniciada, ocorre um preparo da pessoa para que ela entenda o que está acontecendo na sua vida sexual, dando-se conta das reações de seu corpo frente a situações negativas (sexualmente falando).
Existem várias formas de psicoterapia, mas as mais indicadas para os transtornos sexuais são a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, a Focal, a de Orientação Analítica e o Psicodrama. Busca-se aclarar os conflitos internos e preocupações íntimas e profundas que inibem a vida sexual. A técnica Cognitivo-Comportamental emprega tarefas e exercícios sexuais. As técnicas Focal e de Orientação Analítica oferecem interpretações e confrontos ao paciente para que ele se dê conta de suas repressões, visando mudanças. O Psicodrama usa exercícios de teatro e vivências para a elaboração dos problemas individuais e interpessoais.
Na medida em que a psicoterapia se desenvolve, surge maior confiança entre o terapeuta sexual e o paciente. Desta forma, quando a medicação é prescrita, é muito melhor tolerada. A confiança no psiquiatra é fundamental.
Tratamento Cirúrgico
Essa é a última opção de tratamento para os transtornos sexuais. Geralmente é indicado quando há confirmação de algum problema físico ou quando todas as outras formas de terapia falharam. Em diabéticos crônicos, por exemplo, a prótese peniana tem sido uma forma de recuperar a função sexual e a auto-estima. Mas a exposição a esse tipo de tratamento tão invasivo deve ser obrigatoriamente acompanhada por uma equipe, principalmente por um terapeuta sexual, garantindo a diminuição dos índices de fracasso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário